Olá meus caros e minhas
caras leitoras! Tudo bem?
Você já prestou a atenção
quantas mulheres vão em busca de formas de se relacionar com as pessoas nas
diferentes situações para se sentirem amadas de alguma forma? Já percebeu quantas
delas renunciam, se calam, enfim, tentam se adequar a uma situação diante do
medo de não se sentirem amadas? Afinal será que este medo de não se sentir
amada representa uma baixa autoestima por parte desta mulher ou será que ela
aprendeu que deve procurar ser aceita e se sentir amada?
Existem algumas questões
de ordem histórica que precisam ser esclarecidas. A primeira delas se refere a
conquista da igualdade com o homem pela mulher em diversos aspectos legais na
primeira metade do século Ex.mas isto não significou que ela estaria liberta,
digamos, de alguns fantasmas e, dentre eles, podemos sinalizar para o medo de
não corresponder às expectativas masculinas.
Você, leitor (a), deve estar
perguntando: mas, em pleno século XXI, as mulheres ainda se preocupam se vão
corresponder às expectativas masculinas mesmo sendo independentes e com outras
perspectivas em relação a própria vida? Bom, lamento informar, mas esta
situação ainda persiste.
O segundo ponto que
gostaria de trazer é justamente sobre esta independência econômica conquistada
pela mulher. Vou colocá-la em xeque agora: quantas mulheres preferem manter um
salário menor que o auferido pelo parceiro ou mesmo morrem de vergonha ao
admitir que têm ganhos superiores ao do seu companheiro?
Por trás destas
situações, ainda persistem o papel tradicional do homem em ser o principal
provedor da relação e, em nome do amor, ele a sustenta e permite este tipo de
dependência. Enfim, ambos têm papéis claramente delineados e delimitados: o
homem deve ser o provedor e a mulher, dependente.
Neste tipo de barganha,
ao adquirir o amor pelo preço de permanecer desigual ou inferior, a mulher se
sente descontente e incompleta ao longo do relacionamento. Confuso não é mesmo?
Mas esta é a sensação sentida por esta mulher que quer exercer seus direitos
adquiridos, depois de tantas lutas, e com isso, ter acesso a uma gama de
situações que, em épocas anteriores, seriam negados. Mas, ao mesmo tempo, quer
ser protegida e dependente dele. E aí que entra o medo de não se sentir amada
pelos homens. Mas por que?
O X da questão é que, no
imaginário feminino, a imagem de uma mulher “independente e bem resolvida”
afugenta possíveis parceiros ou mesmo pode representar uma ameaça para a
estabilidade e harmonia dos relacionamentos. Claro que os machistas de plantão
não gostam mesmo deste tipo de mulher! Mas o principal ponto é que as mulheres
adotam este papel de dependente, frágil ou coisa semelhante tanto para
conseguir um parceiro como para manter relacionamentos.
E, por trás desta imagem
construída, está o medo das mulheres de não se sentirem amadas ou não serem
atraentes para um relacionamento amoroso. De onde vem este medo? Será que fomos
concebidas para sermos dependentes dentro da relação e independentes no mundo
público? Como estes dois pontos podem ser convergentes?
Temos anos e anos de uma
cultura que ainda dita papéis tradicionais para mulher e isto pode ser
encontrado na educação das meninas principalmente. E ainda precisamos lembrar
que estamos em um mundo concebido por homens e para homens. Então, de certa
forma, a mulher está sempre “pedindo a senha” para ser aceita neste mundo
masculino.
E não estou falando somente dos tradicionais mundos do trabalho ou
dos esportes por exemplo. Mas como nós organizamos enquanto sociedade.
Infelizmente ser mulher ainda é uma desvantagem.
Bom, mas no meio disto
tudo, cabe a cada mulher questiona e enfrenta seus medos. Isto porque, de certa
forma, quando não admitimos perder o amor do outro, tememos viver sozinhas. E
eis a questão: por que sua própria companhia é tão rejeitada? O que você não
quer encontrar ao estar sozinha?
Espero que tenha ajudado,
você, caro leitor e caro leitora e que esta conversa tenha contribuído de
alguma forma para sua vida!
Grande Abraço!
Até a próxima!
Karine David Andrade
Santos
Psicóloga CRP-19/2460
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